terça-feira, 27 de julho de 2010

Série de reportagens

Seguindo a série de reportagens sobre a África do Sul, país sede da Copa de 2010 durante a cobertura da Vang e JM, abordaremos hoje o Cabo das Tormentas, mais tarde rebatizado por Cabo da Boa Esperança, extremo sul do continente africano. Nossa reportagem cravou lá sua bandeira onde foi possível sair dos livros de história e geografia e contemplar a visão dos navegadores da época do descobrimento.

Na ponta da África

Denominado em 1488 pelo navegador Bartolomeu Dias como Cabo das Tormentas, devido ao mar agitado na ponta que contorna o encontro dos oceanos Índico e Atlântico, o ponto mais agudo do continente africano registra, segundo historiadores, um dos locais de maior número de naufrágios. Anos mais tarde o rei de Portugal Dom João, após um presságio positivo de que o lugar tratava-se de uma importante rota para as Índias, rebatizou a região de Cape of Good Hope (Cabo da Boa Esperança).

As estradas da reserva que levam até o ponto mais agudo do continente africano são todas asfaltadas

Na ponta da península que compreende a cadeia de montanhas que formam a Table Mountain, na Cidade do Cabo, o Cabo da Boa Esperança tornou-se um importante destino turístico exposto a fortes ventanias e tempestades. Devido ao clima, a vegetação limita-se a pequenas árvores. No local habitam antílopes, a zebra da montanha, avestruz e bandos de babuínos.





No ponto mais alto os turistas podem subir pelo funicular ou trilha pavimentada ao farol principal construído após o original ser desativado, pois ficava envolto à neblina. O farol de Cape Point, como é conhecido o local, proporciona vistas fantásticas onde o mar revolto choca-se 300 metros abaixo contra os rochedos.

Em dois idiomas uma placa marca o Cabo da Boa Esperança

Perigo iminente

Bandos de babuínos são encontrados na reserva

A principal recomendação dada aos turistas que visitam a reserva do Cabo da Boa Esperança é direcionada ao cuidado com bandos de babuínos, espécie de macacos. Devido a alimentação ilegal proporcionada pelo homem, é recomendado manter automóveis trancados durante a visita para evitar surpresas. Os babuínos, de forma agressiva abrem as portas dos veículos e roubam mochilas e pertences em busca de comida. No trajeto até a entrada da reserva nossa reportagem encontrou diversos animais desta espécie aguardando o momento exato para surpreender os visitantes.

Chapman’s Peak


Para chegarmos até o Cabo da Boa Esperança percorremos um trajeto que costeou o oceano Índico, onde encontram-se pequenas praias e reservas como na cidade de Boulders, colônia com cerca de 2.300 pinguins. Os visitantes compram o ingresso e podem conhecer o local onde os animais vivem naturalmente. Após a visita ao Cabo da Boa Esperança retornamos pelo outro lado, costeando o oceano Atlântico através de estradas como a famosa Chapman’s Peak, um trajeto panorâmico que levou sete anos para ser construído. A estrada, esculpida na superfície dos rochedos possui mirantes com local para piquenique. Seu ponto mais alto atinge 592 metros com plataforma de observação sobre os rochedos íngremes que caem 160 metros para o mar revolto logo abaixo. O final da tarde é algo incrível e o trajeto determina literalmente o contorno da península chegando até a bela praia de Camp’s Bay, região nobre da Cidade do Cabo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado! Seu comentário passará por moderação.