sábado, 3 de julho de 2010

O pragmatismo falou mais alto


Fica fácil fazer uma análise da eliminação da seleção brasileira da Copa da África. Não tivemos a qualidade tradicional do futebol brasileiro preterido por um grupo de soldados fechado com o técnico. O Brasil não foi e nem poderia ser campeão, por mais que não lembre ter visto um mundial tão fraco como deste ano. Participei a pouco do Ponto e Contraponto e afirmei que alguns jogadores não podem fazer parte de um grupo de seleção. Um exemplo é Felipe Melo, eleito o pior jogador da temporada italiana e titularíssimo de Dunga. Há quem ainda culpe Roberto Carlos pelo lance da meia em 2006, mas que falta ele fez. Comendo a bola no Corinthians e mesmo assim, pelo rancor explicitado por todos nós da imprensa contra aquele grupo, ficou no Brasil e embarcou Michel Bastos. Temos mais exemplos a serem citados, mas agora de nada adianta. A falta da qualidade aliou-se no jogo de ontem com a pouca sorte. A melhor defesa do mundo, e falo defesa toda incluindo o goleiro, bateu cabeça. Para piorar, como também afirmamos na semana passada, se tomasse um gol nos 30 quem vira? Olhar para o banco e ver, ou melhor não ver, ninguém que possa mudar o resultado é muito triste. Todos estão chateados, com a passionalidade de torcedor que somos, mas com a frieza de quem acompanhou os bastidores e jornalisticamente falando, colhemos o que plantamos. Seleção não é laboratório para experiências e compadrios. Como diria o Lencaster, seleção é prêmio para quem está bem. Houve uma inversão da ordem das coisas e quem pagou o pato fomos todos nós.

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